quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Para as de quase 30 ou mais...

Tem coisas para não ser taxada de solteirona convicta, só se pode escrever depois de encontrar o amor.
Minha admiração por nós, mulheres que não nos acomodamos, nem nos prendemos a ninguém só por status, carência, ou pela pressão da sociedade.
Meu respeito por nós, mulheres maduras, formadas, inteligentes que sabem o que querem e respeitam acima de tudo esse querer.
Por todas aquelas que não se contentam com pouco, não cedem à pressão e padrões sociais.
Minha homenagem a todas as mulheres que não aceitam nada menos que a plenitude, a felicidade, a realização, a completude e integralidade de cada relacionamento.


O desejo de Doris não era tão estranho, Lexie sabia. Por ali, pelo menos era isso que se esperava das mulheres. E quando se permitia ser franca consigo mesma, Lexie às vezes também desejava ter uma vida assim . Pelo menos na teoria. Mas ela queria primeiro encontrar o homem certo, alguém que a inspirasse, o tipo de homem que ela teria orgulho de chamar de seu homem. Era nisso que ela e Doris divergiam. Doris parecia achar que um homem de bem, decente, e com um bom emprego era tudo o que uma mulher sensata poderia desejar. E, talvez no passado, essas fossem as qualidades que se poderia esperar. Mas Lexie não queria ficar com alguém apenas por ele ser bom e decente e ter um bom emprego. Quem sabe - talvez ela tivesse expectativas irreais -, mas Lexie também queria se sentir apaixonada por ele. Não importava a bondade ou o senso de responsabilidade, se ela não se sentisse apaixonada por esse homem, não conseguiria evitar a sensação de que estaria se acomodando a alguém, e ela não queria se acomodar. Isso não seria justo com ela e não seria justo com ele. Ela queria um homem que fosse sensível e bom, mas que conseguisse arrebatá-la completamente. Queria alguém que lhe oferecesse uma massagem nos pés depois de um longo dia na biblioteca, mas que também a desafiasse intelectualmente. Um homem romântico, é claro, alguém capaz de lhe comprar flores, sem que houvesse qualquer razão para isso.
Não era pedir muito, era?

( O Milagre - Nicholas Sparks - Pg. 89)

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