sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Máscaras




Sejam elas de pau, de ferro, de plástico, de lata, de concha. 
Acho que todo mundo usa uma máscara, mas não por vergonha de quem se é, mas por proteção e por medo dos outros e principalmente do espelho.
Convivemos tanto e tanto tempo com as máscaras que acreditamos nelas, nos programamos sobre elas, e passamos até a ser o que elas mostram.
Um dia, por acaso ou por provocação da vida, da maturidade que chega a qualquer momento nos deparamos com alguma situação em que nossa reação não é a costumeira, o sorriso não é o habitual, a expressão é diferente, então a máscara cai, junto com a ficha, sem disfarces e com algum barulho principalmente dentro de nós mesmos.
Não! Não era proposital o uso da máscara e as reações que ela desencadeava exteriormente. Não era por estupidez, era por ignorância e na ignorância temos desculpas, mas quando a máscara cai temos o conhecimento de quem somos, e no conhecimento temos o compromisso com a verdade de quem somos.
E... verdade, dói!
Sem elas estamos desprotegidos, mas muito mais autênticos, portanto, nesse caso os fins justificam os meios. 
Dor para se chegar à paz.
Um processo. Doloroso....necessário.

O beijo

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