sexta-feira, 26 de junho de 2009

Era uma vez (parte II)

Conhecedora dos hábitos do Rei, Veny sabia que ele a recebia todas as manhãs e fim de tarde, e que seu dia era ocupado por muitas tarefas, era nesse ínterim que ela deveria colocar em prática seu plano. Mas ainda havia os cães, ela precisava pensar no que fazer com aqueles malditos cães.
Logo após os desjejum e da conversa matinal com o Rei, Veny foi até seus aposentos colocar uns sapatos mais confortáveis, caso percisasse correr ou subir para fugir.
Certificou-se que o Rei estava entretido com suas ocupações, e foi descendo as imensas escadas do castelo. Descia e pensava no Rei, ela o estava desobedecendo, e se os cães a pegasse, se ela não conseguisse fugir ele saberia, ela ficaria envergonhada e ele poderia castigá-la por isso...e a cada degrau ela repensava em tudo aquilo que lhe parecia uma loucura, pois ela não conhecia nada do lado de fora do castelo, ela desconhecia os caminhos, os pisos, os cheiros, etc, e os cães, o que ela faria com os cães no momento que pisasse seus pés na porta, mas ao mesmo tempo lhe vinha a convicção de que tudo aquilo lhe fora poupado de alguma forma e agora ela queria, afinal aquele era o seu castelo e ela só conhceia parte dele.
Abriu uma brecha da grande porta do castelo e os cães estavam virado em direções opostas, Veny também sentiu falta de alguns, sempre via muitos lá do alto de sua janela e pensou que naquele instante em que eles não estavam olhando seria o momento certo para tentar fugir.
Ela olhou bem para os lado e atentou-se para não fazer nenhum tipo de ruído. Pé ante pé, foi se afastando cada vez mais da grande porta, deixara-a aberta para quando fosse a hora de voltar. Ela não hesitou e avançou, quando olhou para o céu daquele lugar onde estava e se distriu com suas cores, com aquele ar cheio de liberdade e então deitou na grama verde. Uma grama tão verde e tão macia que mais parecia algodão colorido. Ali naquela posição fechou os olhos para sentir exatamente aquela sensação tão desconhecida e tão deliciosa.
Sentiu um ar quente sobre seu rosto, e ao abrir os olhos havia dois grandes cães de olhos enormes,vermelhos e assustadores sobre ela, parados e a olhavam tão profundamente que certamente poderiam ler o medo no fundo de sua alma.
Continua...

2 comentários:

disse...

Lascou!!!

"Oh, e agora, quem poderá me defender?????"

:)

Pequena disse...

Ai...o cachorro vai comer ela!