segunda-feira, 22 de junho de 2009

Era uma vez (parte I)


Veny era uma princesa linda.

E vivia em um castelo perfeitamente construído com suas bases sólidas e muito fortes.

A princesa amava seu castelo, ali ela brincava em todos os cômodos, passeava pelas entradas mais secretas e conversava com o Rei sobre os mais diversos assuntos.

O Rei sabia de todos os seus anseios, suas vontades, a conhecia como ninguém e Veny o conhecia também e sempre procurava fazer tudo que o Rei mandava, procurava fazer tudo para agradar ao Rei.

O Rei era um homem muito sábio, seus conselhos eram sempre muito bem vindos a todos os súditos de seu reino e Veny sentia-se privilegiada por poder conviver de tão pero com o Rei, mesmo sabendo que não tinha nada de especial em si.

Veny era a escolhida do Rei e sobre ela ele havia decretado algumas coisas. Ela não poderia sair de dentro das paredes do castelo, porque ele sabia que do lado de fora ao redor do castelo havia cães que eram treinados para destruir as pessoas que ousassem sair do castelo, ou seja, lá dentro ela estaria protegida e também ela não poderia ficar um dia sequer sem visitar o Rei em suas recâmaras. Fora isso, ela era livre, poderia fazer o que quiser.

Certa vez a princesa Veny estava lendo um de seus livros e viu a fotografia de umas flores lindas e ficou imaginando como elas deveriam ser realmente bonitas e ficou ali em seus aposentos sonhando com as tais flores. Levantou-se foi até sua janela e olhando para o horizonte viu a região oeste inteira do jardim do castelo e de longe avistou algumas cores: "Como devem ser lindas", suspirava.

Ao tirar seu olhar do horizonte e olhar para baixo avistou os cães treinados para destrui-la se caso ela resolvesse colocar os pés para fora do castelo.

E o seu coração ao mesmo tempo que encheu-se de alegria pelas cores que avistou ao longe, foi tomado por uma tristeza muito profunda, afinal jamais poderia sair de lá e conhecer todas aquelas flores coloridas pessoalmente. Resolveu ir conversar com o Rei.

Ela falou ao Rei de suas vontades, de como eram lindas aquelas flores, de como lhe pareciam tão perfeitas, mas que nunca poderia sequer chegar perto, afinal aqueles cães a matariam se tentasse.

O Rei a ouviu durante horas, ele melhor que ninguém sabia o quão bonitas elas eram, afinal Ele havia as criado uma a uma, e tentou-lhe explicar os riscos que correria caso resolvesse conhecê-las.

Veny saiu da presença do Rei aquele dia entristecida. Estava tão abatida que esqueceu de fechar sua janela quando foi dormir, deitou e caiu no sono sonhando com aquelas flores coloridas.

Naquela noite Veny sonhou com muitas cores, sentiu o cheiro de muitas flores, experimentou o mel de muitas delas e se deliciou com tudo. No sonho os cães viraram pequenos esquilos que a levavam para outros caminhos dentro do jardim do castelo.

E quando acordou com a luz do sol e a brisa da manhã batendo em sua face, Veny entristeceu-se mais uma vez ao perceber que tudo não passava de um simples sonho e determinou-se em seu coração que naquele dia sairia do castelo e iria até o jardim sem que o Rei soubesse...



Continua...

2 comentários:

disse...

Já tô sentindo cheiro de confusão no ar... essas princesas que teimam em aventurar-se,,, kkkkkkkk
(acho que eu faria o mesmo...)

Te amo!

Um peculiar Desvario disse...

Nessa história falta um principe...rsrs
Pode ter certeza Fê, que ele vai aparecer.