quarta-feira, 5 de novembro de 2008

soltando...


Desistir de um sonho sem querer que ele morra.

Abrir mão, para oferecer liberdade de alma.

Rogar para que seja sempre cuidado.

Dizer que não se quer, quando o desejo pulsa.

Sentir dor novamente.
A dor do sacrifício, a dor da obediência, a dor da submissão, a dor da convicção.

A alma rasgada, o sangue derramando, o ruído de agonia.

Não aceitação.

Querência.

Rendição.

Olhos de oceano.

Membros de terremoto.

Vai.

Dar fim ao que sequer começou.

Ponto final, no lugar da vírgula.

Matar o que nasceu, mas não vingou.

Não cultivar, não regar mais, nem com lágrimas.

Com sorriso também não, ainda não.

Desiste-se do outro.

De si, jamais!

Vai, você sabe voar...

Paz.

O que sai de mim
Vem do prazer
De querer sentir
O que eu não posso ter
O que faz de mim
Ser o que sou
É gostar de ir
Por onde, ninguém foi...

2 comentários:

disse...

Só duas palavras e um ponto:
Amo você!

Anônimo disse...

Tão complexo, difícil, doloroso, porém, extremamente necessário!