sábado, 26 de fevereiro de 2011

Sou um Dalí






Sou de fácil compreensão, mas não de fácil visão.
Sou bem grande para alguém poder me conhecer e reconhecer por todos os lados.
Às vezes faço um jogo absolutamente excitante de mostra e esconde, outras vezes (na maioria delas) não escondo, apenas deixo algumas partes em segundo plano.
Como numa obra de arte de Salvador Dali, de mim as pessoas só verão o que querem ver, aliás, o que seus olhos estão preparados para ver.
Nem sempre tudo está em franca exposição, por vezes as coisas em mim ficam guardadas em minha câmera, embaixo do meu colchão, em meu computador ou em meu coração.
Nunca em  lugar inalcançável, sempre ao alcance dos olhos, nem sempre disponível.
Não sou duas pessoas, nem sofro de bipolaridade, apenas sou multipartida e isso quer dizer que sou eu mesma em várias facetas, não interpreto papéis, vivo várias realidades.
Por isso, quando me dizem "não estou te reconhecendo" , não me espanta, para a maioria das pessoas há algo em mim que elas nunca viram, mas sempre esteve aqui, perto das mãos, dos olhos e do coração.

"Se eu tivesse mais alma pra dar, eu daria. Isso pra mim é viver!"

O Beijo

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