Amor que fica

O que fazer com aquela saudade que bate tão forte que dói no físico?

Saudade de alguém, de conversas, de lugares e situações.

Sabe aquela saudade que faz os olhos encherem de lágrimas ao retomar na memória tudo o que foi bom e que infelizmente acabou?

Essa saudade mesmo, que marca, que arranha e às vezes perfura nossa carne e simplesmente ficamos desarmados diante dela.

Sentir saudade é sinal que conseguimos extrair coisas boas seja lá do que for, seja lá como tiver terminado.

*Sentir saudade é sinal que foi importante, caso contrário não faria falta, nem deixaria esse sentimento tão contraditório.
Sentir saudade é sinal que vivemos, na maior conotação que pode existir para esse verbo.

Sentir saudade é sinal que apesar de passageiras, o amor que sentimos fica!

Fica o som do sorriso, ficam as marcas que as pessoas deixam em nosso coração, fica a sensação boa que sentimos ao relembrar, fica o arrepio na pele cada vez que sentimos um cheiro parecido, fica a textura do toque...

Fica o que foi bom!! E a gente sempre quer que o que é bom permaneça.

E para que tais coisas se estabeleçam em nossa alma depende unicamente de nós.

Cabe a nós cultivarmos, e continuarmos regando essa plantinha.

É nossa responsabilidade mantermos fotografias, e agenda telefônica sempre atualizada e não deixar que tudo caia no terreno do esquecimento.

Muitas coisas passam.

O tempo que convivemos com determinadas pessoas.

Construções se transformam.

Chefes e lideranças são trocados.

Companheiros de amor ou de trabalho mudam.

Mas o amor...Ah esse amor...sempre fica!!

O apóstolo Paulo em sua primeira carta aos Coríntios diz que o verdadeiro tudo sofre, tudo crê, tudo espera e tudo suporta. Eu acredito nesse amor.

Seja ele em que nível for, amor de amante ou amor de amigo...ele sempre fica, e por vezes parece tomar uma proporção enorme dentro de nós, a isso dá-se o nome de SAUDADE.

Manuel Bandeira disse que "saudade é o amor que fica".
Ele fica mesmo. (Ainda bem!!)

* Essa frase é da minha grande Amiga, Dra. Padovam (rs), a quem dedico esse post, trabalhamos juntas durante 11 meses há 9 anos atrás. Tempos difíceis aqueles, o nome dela até mudou (hahaha) mas o amor que sentimos uma pela outra ultrapassou os perrengues e dificuldades, ultrapassou até mesmo o tempo, e continua firme, apesar da distância. Às vezes sinto essa dor da saudade daquele tempo, não pela empresa em que trabalhávamos, nem pelo trabalho que desempenhávamos, muito menos pelo salário que ganhávamos, mas por não poder mais conviver com essa pessoas tão guerreira, tão linda e tão especial que ela é e que se torna a cada dia. por não mais poder ouvi-la e caminharmos juntas pela Paulista diariamente, por não ter mais o brilho de seu sorriso escancarado e ficar cantando pagode o expediente todo.  Amiga, seremos para sempre!! Amo-te.

O Beijo