
Eu assisti a entrevista pós convocação com o ilustre técnico da seleção brasileira, o Sr. Carlos Caetano Bledorn Verri.
Gosto muito de futebol, embora esteja longe de ser uma expert no assunto, a convocação e a entrevista fizeram-me pensar nas escolhas que fazemos.
O Dunga é o chefe, o discipulador, o líder, o parceiro de trabalho, eu e você.
Ele tinha uma gama imensa de opções. O cardápio estava bem variado, mas ele tinha que fazer sua escolha, ele só pode levar 23 para a África do Sul.
Ele deixou de levar bons jogadores, porém bons jogadores não são necessariamente bons profissionais.
O critério usado por Dunga não foi o brilhantismo, nem a preferência nacional, e pelo que parece o fato de ser craque também não contou, rs. O critério foi confiança, experiência, profissionalismo e o mínimo de moral na vida pessoal, já que trata-se de uma equipe que representa também os valores de toda uma nação.
Assim cada um de nós aplica critérios em nossas escolhas.
Alguns escolhem um namorado pelo seu desempenho sexual, outros pela beleza, outros pela profissão. Há aqueles que escolhem pela posição social, pela religião, pela tratativa com os que estão ao seu redor.
Alguns chefes usam o critério da produção para contratar um funcionário, enquanto outros usam como fator principal a assiduidade, a responsabilidade, o empenho, a disposição.
Um discipulador escolhe seus discípulos por seu comprometimento, pelo nível de aliança demonstrado com o passar do tempo e das situações, pela compreensão de sua visão...
Jesus escolheu para si, discípulos, homens humildes, trabalhadores ocupados, homens cheios de defeitos, mas tratáveis, discipuláveis e acima de tudo que amavam sua vida, cuidavam dele e de suas coisas. Ele transformou esses homens simples em homens brilhantes, que trataram de espalhar o evangelho por todo o mundo até chegar aos dias de hoje.
Seja em que nível for, e sejam lá quais critérios usamos, sempre escolhemos pessoas, e ao fazer isso excluímos outras tantas.
Estou com o Dunga.
Tudo bem, ele não escolheu os jogadores mais habilidosos, mas uma equipe que ele confia, que ele observou durante três anos e meio, jogadores testados e aprovados por ele, o professor.
A Copa do Mundo não pode servir de teste, o lance é para valer!
Fico feliz pelas escolhas do Dunga, fico feliz por alguns jogadores e tristes por outros que não foram selecionados.
Ele poderia ter colocado o Neymar, o Ganso, o Pato, o cavalo, o papagaio e o piriquito, porém comprometeria um ideal, o seu.
Estou orgulhosa por termos um treinador de opinião, e acima de tudo um profissional com critérios coerentes e sensatos.
Lembrou-me bem o professor de Dunga, Parreira também foi teimoso e ganhou o Mundial.
Quem dera nossas escolhas tivessem a mesma coerência que as dele.
Quem dera que em todas as áreas de nossas vidas, pudéssemos escolher com a mesma seriedade, clareza e convicção.
Quem dera não vendêssemos ou negociássemos nossos ideais em função da aprovação da massa!
Assim como com a nossa seleção, não sabemos se iremos ganhar, mesmo que aos nossos olhos estejamos sempre certos e coesos em nossas escolhas.
Fico de acordo com a frase da música:
"nem sempre ganhando, nem sempre perdendo, mas aprendendo a jogar..."
Claro que deve dar uma ponta de insegurança, um frio na barriga. Quem não tem diante de escolhas importantes? A partir de 15/06 então, veremos...
O Beijo e sorte à nossa seleção, embora seja a seleção dele.
P.S.:Sinto pelo meu Imperador. Vacilou, cheirou...dançou!
Um comentário:
Ótimo texto, mocinha!
Bj e tudo de bom!
Sall
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