fRuTo PrOiBiDo

Irmãos.
Mais que isso, cúmplices.
Filhos do mesmo pai e da mesma mãe.
Outros irmãos em comum.
A mesma educação.
Nada além que um sentimento fraterno existia entre eles.
Eram companheiros em tudo.
Riam, lamentavam e choravam juntos.
Em algum momento desapercebido aos dois alguma coisa mudou.

O toque já não era algo tão banal.

Cada sorriso, cada olhar, cada palavra tomavam um significado diferente.

O medo, a vergonha, a insensatez e a insanidade dessa situação.

Sentimentos que permeavam o caso.

O desafio, o descabido, a ânsia, a excitação.

Sentimentos que permeavam o caso, incontroláveis!
Continuavam afinados, como sempre , até na intensidade desse desejo proibido.
Não era mais apenas o desejo da companhia.
Era o desejo da pele, do cheiro, do gosto.
Tanta intimidade fazia com que eles se soubessem demais.
Se conhecessem demais.
Ela conhecia o seu modo de conquistar, de jogar, ele sabia de seus pontos e vírgulas.

Naquela situação era necessário muita VONTADE.
Naquela situação era necessário muita CORAGEM.
Naquela situação era necessário pouquíssima PRUDÊNCIA.
LOUCURA!! Eles pensavam.
Loucura maior era deixar esse desejo sem consumação.