Até quando?

Até quando se deve amar?
Tantas e tantas vezes idealizamos o amor, ou idealizamos alguém que seja alvo do nosso amor e aí...amamos, amamos,amamos e amamos.
Durante certo tempo mesmo que esse amor não seja recíproco, tem-se a sensação de que estar a sós com esse sentimento é o bastante.
Como se o coração de um indivíduo, a idealização e o amor bastassem-se.
Elegemos aquele (a) que aos nossos olhos é o melhor e sendo assim vale a pena esperar o tempo que for.
É? Vale?
O amor, um sentimento tão sublime, tão transcedental que só o fato de poder senti-lo verdadeiramente dentro do coração já é o suficiente, um privilégio.
É? Suficiente? Privilégio mesmo?

A única certeza sobre esse assunto é que com o tempo as afirmações esvaem-se e as questões ganham um espaço cada vez maior.

Por quanto tempo alimentar esperanças?
Por quanto tempo esperar pela correspondência?
Por quanto tempo amar monologicamente?
Por quanto tempo permanecer amando?
Por quanto tempo ficar à disposição?
Há tempo que baste para amar?
Quando exatamente deve-se parar?
Qual o momento crucial para que se tome a decisão por não amar?
Quando desfazer-se da ilusão, dos planos, dos sonhos, das fotos e das fantasias?

Quando rasgar as cartas, apagar definitivamente os e-mails, os olhares, as lembranças e os gestos?
Quando deixa-lo morrer dentro de si?
Será o amor atemporal?

Terá o amor prazo de validade?
Será que algum dia se deixa de amar?
Alguém pode me responder, me falar sobre números e estatísticas e me arrancar dessa subjetividade que me corrói???